Filagregord: Uma nova visão do Império Filatélico do Brasil



                                                                                                            


                                                                                                                                O Brasil Filatélico

 

O caso P.V. do Império

Parte em construçao!!!

Caros amigos começo hoje nesta - parte 2 - de cartas do império brasileiro um caso muito interessante. Ao menos no meu ponto de vista.

Ja faz agora pouco mais de um ano adquiri um envelope do império com um selo de 100 Réis tipo Dom Pedro. Este envelope era ao meu ver e com meu olhar da época, um grande sonho realisado, um pedaço do Império com um belo Dom Pedro barba preta de 100 Réis e com belissimos carimbos.

Com o tempo consegui outras cartas com mesmo selo ao menos mesmo tipo, falarei mais sobre eles mais tarde, mesmo tipo de papel das cartas e sempre com esta mesma caracteristica ou seja : carta cortada no meio. Minha primeira questão foi : cortada no meio e o melhor guardado seja carimbos, selo e marca de cera. Curioso que sorte. Mas com o tempo vi mais e mais cartas deste tipo, sempre mesmas caracteristicas, mesmo papel, mesmo selo, mesmo destinatario, cortado no meio com capricho, carta bem conservada e tratada. Estranho me indaguei, tão bem conservada e portanto cortada no meio. Porque?

Este estudo pegara então toda a parte 2 das cartas do império.

Bem vamos começar comentando algumas das peças filatélicas, apos isso veremos quem foi estes Pereira e Valentim, comparar a época e varias outras coisas, para fazer depois uma conclusão para nosso estudo.



Carta 1 : Carta com Dom Pedro 100 Réis






 

Carta de 1871 com Dom Pedro tipo 2 - RHM 27A. Este selo é certamente um selo da Matriz II - tipo IV. Pode ver-se uma bela decalagem que corta a palavra Brazil no alto.


Aqui em baixo a imagem do selo e de alguns detalhes que permetem de demonstrar bem o tipo do selo.

 
 
                        

 
 
Lado Esquerdo:

A - Voluta superior
 
               1 - A linha externa da voluta é contínua, de traço nítido e grosso.
               2 - As linhas internas são nítidas e bem definidas.

B - Florão superior

                3 - Florão fechado.
                4 - A linha externa que liga a haste ao início do florão é nítida e contínua.
                5 - Linha interna que liga a haste ao meio do florão nítida, bem definida e contínua.
C - Haste

                6/7 - Linha dupla definida por traços grossos e contínuos em toda a sua extensão.

D - Florão inferior

                8 - Florão fechado.


Lado Direito:

E - Voluta superior

                9 - Linha externa bem definida por traço grosso e contínuo.
                10 - Linha interna da voluta mais fina e delicada do que a linha externa, porém de forma contínua.
                11 - Linha que sai da voluta e vai lateralmente, margeando o quadro, à base do florão de traço contínuo e bem definido.

F - Florão superior

                12 - Florão fechado
G - Haste

                13 - Haste dupla. Linha externa de traço grosso e contínuo. Linha interna da haste dupla de traço mais fino e delicado, porém de forma contínua.

H - Florão inferior

                14 - Florão fechado.

 



                                                             




Outra coisa muito interessante é o fato do carimbo manual que toca o selo e vai até a carta tocando esta também, o que significa que este carimbo manual foi posto uma vez o selo sobre a carta. Podemos ver de outra parte que o carimbo mudo não toca o envelope, mas esta unicamente sobre o selo, isso pode questionar um pouco. Aumentando o tamanho do selo podemos ver que a pequena mancha que esta em baixo toca  o selo na parte de cima, so toca o envelope depois de atravessar o selo seja bem atraz deste.







Estas cartas tem todas o mesmo endereço ou seja Rua do Mercado, aqui um pouco de historia :


MERCADO (rua do) Começa na praça Quinze Novembro e termina na travessa do Tinoco. Depois de 1719 foi estabelecida uma quitanda nova ou uma praia do peixe nova, que veio a dar nome ao beco (atual travessa do Comércio) e à rua da Praia do Peixe. A colocação por volta de 1740 e 1742 de um pequeno oratório sob a invocação de N. S. da Lapa, pelos mercadores ou mascates, daí a origem do nome, na esquina da atual rua dos Mercadores com a rua do Ouvidor, e mais tarde, em 1750, a ereção de uma pequena capela em frente ao antigo oratório, passou a ser chamada de rua da Lapa dos Mercadores. Com a construção da praça do Mercado, iniciada em 1835 e terminada em 1839, o local ficou conhecido como o mercado da Candelária, que veio a ser demolido em 1911 pelo prefeito Inocêncio Serzedelo Correia, e recebeu a antiga rua da Lapa dos Mercadores, por deliberação da Câmara Municipal, em 12.1.1849, o nome de rua do Mercado. Nomenclatura essa que perdura até o dia de hoje.

Podemos dizer então que o nome da rua marcada na carta esta na logica da data e do caminho da carta.



 Mapa do Rio de Janeiro em 1879




Vou começar agora a ver uns detalhes estranhos mas essenciais à nosso estudo. Estes são :

1 -) O pequeno pedaço onde tem o nome do destinatario seja : Pereira Dias, Rua do Mercado...., Rio de Janeiro - Estes estão escritos em tita preta bem clara que perdeu com o decorrer do tempo a força e parte de pigmentação da cor.

Podemos ver também pela escritura que a pessoa quem escreveu com a tinta violeta é a mesma que a quem escreveu a data em preto.




         



Sempre dificil de estudar fragmentos, ainda mais quando neste não tem todas as informações necessarias à uma compreenção completa de historia da mesma.

Alguns detalhes a mais podemos ver que a Carta foi em destinação do Rio de Janeiro, as unicas datas que vemos é a de Ponte Nova 24 Setembro 1871 e a "Respondido" de 11 Janeiro 1872 (estas duas não estão em carimbos o que dificulta um pouco o estudo). Tanto o carimbo mudo quanto o manual, não nos permetem de saber a data exacta da carta. Tendo este carimbo mudo sabemos que foi feito apos 1866 o que não nos ajuda em nada neste estudo.











1858 - A Imperial Fábrica de Cerveja de Alexandre Maria VillasBoas & Cia., passa a ter como responsável João Gonçalves Pereira Lima.
1859 - A Imperial Fábrica de Cerveja de João Gonçalves Pereira Lima passa a ter como responsável Antonio José Pereira Bastos.

 
 



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